Nada está fora do alcance da oração, exceto o que está fora da vontade de Deus.'

segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Acampamento de cura e libertação

Eu quero começar esta pregação dando um exemplo de como rezar para cura e libertação. A oração não funciona como uma mágica. Na Bíblia, estão as regras para nós de como rezar. Todos os domingos eu conduzo orações de cura na minha paróquia em Bombaim (Índia). Houve uma jovem que veio para receber oração. Ela veio com seu bebê e sua sogra. Quando perguntei o que ela queria, ela disse que estava com dor de cabeça. Mesmo quando a pessoa diz que tem uma dor de cabeça, eu sei que isso não é o problema; mas, sim, um sintoma de um problema maior.

Eu coloquei às minhas mãos na cabeça dela e ela se jogou no chão com força. Quando olhei para os seus olhos, vi Satanás. Antes mesmo que eu pudesse rezar, ela começou a falar. Ou melhor, não ela, mas o demônio. Eu nuca falo muito com o demônio, mas ele gosta de falar comigo porque ele gosta de mim. E, então, pela força do Espírito Santo, o demônio foi obrigado a me dizer porque entrou naquela pessoa.
Ele me disse que aquela jovem tinha perdido a sua mãe quando tinha dez, onze anos. Ela estudava em uma escola e não se misturava com as pessoas. Durante o intervalo, ela ia para um lugar à parte na escola, uma espécie de santuário. O inimigo me disse que ela o visitava todos os dias buscando paz e, por isso, ele entrou nela.
Milhares de jovens da América e da Europa vêm ao meu país toda semana. Se você perguntar a eles o por quê disso, a reposta é quase sempre a mesma: eles dizem que foram buscar paz. Algo que a riqueza da América e da Europa não podem dar. O problema é que tipo de paz eles buscam. Jesus mesmo disse: “Eu lhes dou a paz que o mundo não pode dar”, ou seja, a paz que o demônio não pode dar. São Paulo diz que Jesus mesmo é a paz.
Voltando a falar do caso, quando ela acordou eu perguntei se tinha amizade com as outras meninas na escola. E ela disse que não porque quiz ficar sozinha depois da morte da sua mãe. Ela me contou que, naquela espécie de santuário que frequentava, ficava olhando um guro e sentia uma grande paz. Ele dava coisas para ela comer e beber, e ela comia e bebia. Ali estava a causa.
Ela tinha sido curada, mas ainda precisava de libertação. É isso que eu digo a todos que tem casos mais difíceis, como aqueles de ontem (na adoração). Depois de curado, a pessoa precisa fazer um bom evento de cura interior o quanto antes para se libertar.
Felizmente para aquela jovem, eu ia dar um e ela foi participar. Durante a adoração ao Santíssimo, eu disse para aqueles que precisavam de oração para se dirigir à frente que eu iria rezar. A primeira pessoa que veio para ajoelhar-se foi essa jovem. Quando a vi, fiquei um pouco preocupado porque a manifestação ia acontecer e as pessoas iam ficar com medo. Quando cheguei perto dela, pulei-a para não intimidar as outras pessoas. E, no final, quando ela estava sozinha, fui rezar. Eu percebi que quando ela estava diante de Jesus Eucarístico olhava para Ele sem piscar.
Cheguei perto dela e impus as minhas mãos; nada aconteceu. Para minha surpresa, somente participando do retiro e estando diante do Santíssimo Sacramento ela foi totalmente liberta. E por que ela foi curada? Porque, como eu mencionei na minha primeira pregação, há duas dimensões para a oração: precisamos rezar sozinhos na presença de Deus e precisamos rezar uns pelos outros. E o Senhor me mostrou nesse lindo caso essas duas dimensões da oração.
O principal problema daquela jovem era a morte de sua mãe. Com frequência, a maior dor das pessoas são as perdas. A sua mãe morreu inesperadamente, assassinada pelo pai que era alcoólatra. Mas não é só isso. Tudo aconteceu na frente daquela criança. Isso é muito doloroso! O pai foi preso e ela acabou perdendo a mãe e o pai. Como eu já disse nas outras pregações, toda criança precisa da sua mãe e do seu pai. Hoje, todas às vezes que eu dou um retiro lá na Índia ela tenta participar para dar o seu testemunho.
Depois dessa introdução, quero falar sobre a necessidade não somente de cura interior, mas também de libertação. Por que todos nós precisamos de libertação? Porque, como diz na Bíblia, temos três fontes do mal nas nossas vidas. A primeira fonte somos nós mesmos. Se eu pequei preciso me arrepender, não posso culpar as outras pessoas. Preciso refletir sobre como começou aquele pecado. Para curar isso precisamos reatar nosso relacionamento quebrado com Deus. Isso só acontece quando nos arrependemos, daí eu experimento o lindo amor do Pai que nos perdoa.
A segunda fonte do mal são os pecados da nossa família e daqueles que estão próximos de nós. Eles nos ferem com inveja, ciúmes. Os casos que eu vi ontem aqui não foram causados pelas pessoas, nem pelos demônios, mas por aqueles que estavam ao redor delas. Por isso, precisamos não somente de perdão, mas também de cura emocional.
A terceira fonte é a força do mal que nos cerca. Essa, inclusive, pode ser a maior fonte dos nossos problemas. Nós não estamos lidando com inimigos de carne e osso, não é minha sogra, meu vizinho, o Hitler… Estamos lutando com os poderes e principados, os exércitos espirituais que estão nos ares! Estamos numa batalha espiritual, porque nosso inimigo de verdade é espiritual.

Àqueles que não acreditam na existência do demônio é porque nunca leram a Bíblia em suas vidas.
Estou dando essa má notícia: quer você goste ou não, a verdade é que o demônio existe. Existe um mal que é um inimigo pessoal. E como eu sei disso? Porque está na Bíblia!
Em uma audiência em 1972, o Papa Paulo VI disse que a maior necessidade da Igreja, hoje, é saber como se proteger, como se defender, contra o demônio. Eu creio que o demônio existe, nem tanto porque está na Bíblia ou porque a Igreja ensina, mas por causa do meu ministério pastoral de cura e libertação. Eu me encontro com casos que não há explicação humana. Nós não temos nem explicação espiritual, exceto o fato que o demônio está trabalhando naquilo.
Eis uma Palavra que vocês não devem esquecer e que está João 10, 10: “O ladrão não vem senão para furtar, matar e destruir. Eu vim para que as ovelhas tenham vida e para que a tenham em abundância”. Qual líder religioso pode ousar a dizer uma coisa como essa? Somente Jesus tem esse poder!
O demônio existe e podem haver dois extremos: aqueles que acreditam que ele não existe, e também aqueles que dão atenção demais a ele, vendo-o em toda a parte ou tendo medo dele. A atitude correta é aquela do equilíbrio, no meio, que deve evitar ambos os extremos. São Pedro nos ensina que temos somente um inimigo, e ele é o demônio; que nos cerca como um leão, buscando a quem possa devorar. Mas, ele mesmo diz, para que não tenhamos medo, apenas sejamos vigilantes. Mantenham os olhos abertos, estejam preparados, e, então, nada de mal vai acontecer.
O demônio pode nos atingir de três maneiras: pela tentação, pela possessão e pela opressão. A tentação significa que o demônio nos atrai para coisas que normalmente não faríamos. Por que Deus permite que eu seja tentado? Os nossos primeiros pais foram tentados, Jesus foi tentado, Deus não vai permitir que sejamos tentados além de nossas possibilidades, além de nossas forças. E o mais lindo e importante é que o Senhor vai nos dar toda a força que precisarmos para resistir a tentação.
Todos os dias à noite, nós devemos pedir perdão a Deus se caímos na tentação e cometemos o pecado. Precisamos sempre terminar o nosso dia com um ato de contrição, de arrependimento; e começar o outro dia com uma oração, pedindo para não sucumbir às tentações.
Possessão não significa que o demônio está tentando a pessoa de longe, mas de muito perto, ele entra dentro da pessoa. Esse é o outro extremo. Isso não é tão comum, e somente um sacerdote como um título de exorcista pode proceder um verdadeiro exorcismo. Devemos rezar em silêncio por essas pessoas para que elas possam ser libertas.
Havia uma jovem que eu conhecia do centro da Índia, ela pertencia a uma família que estava toda envolvida com práticas ocultas. Depois de um retiro, essa família começou a melhorar e buscaram ser católicos. Um tempo depois, a mãe dela foi me procurar dizendo que a filha estava possuída. Pensei: Como isso pode acontecer se eles tinham mudado de vida?
A mãe, então, me contou que a filha queria dinheiro para ir ao cinema e ela disse que não daria para ver aquele filme. A filha com raiva disse que se ela não desse, ia pedir para Satanás dar. A mãe pensou que era brincadeira e disse para ela pedir, então. Satanás nunca entra em uma pessoa sem que ela dê a permissão para que ele entre. Direta ou diretamente a gente o convida para entrar.
E como a gente sabe que a pessoa está possuída? Quando ela tem uma força sobre-humana, como os casos que tenho visto esses anos na Canção Nova; quando a pessoa fala uma língua que não conhece; e quando ela sabe de coisas que nunca teria como saber. No meio desses dois extremos (a tentação e a possessão), ainda existe a opressão. Nesse caso, o demônio não está longe nem dentro, mas muito perto.
Certa vez uma jovem veio me ver, parecia bastante perturbada. Eu disse que estava com pressa e perguntei o que ela precisava. A jovem disse que estava grávida de oito meses e nos últimos três dias não sentia o bebê se mexer. Ela foi aos melhores genecologistas de Bombaim e eles disseram que o bebê estava morta. Eu ainda me lembro dos seus olhos com lágrimas de esperança. Ela olhou para mim e clamou que queria aquele filho. Eu nunca vou me esquecer desse caso.
Pedi que ela permanecesse sentada e comecei a rezar. Pedi: “Senhor Jesus, quando estava ainda no ventre de Maria você trouxe cura para o seu primo São João, que também estava no ventre de sua mãe, Isabel. Traga a mesma cura para o ventre dessa mulher”. Logo que terminei, a mulher gritou: “Padre, o bebe está se movendo!”
Eu disse para ela não se levantar, eu tinha que sair e pedi para ela continuar rezando até que o bebê começasse a pular dentro dela, cheia do Espírito Santo. Quando eu estava saindo, ela me disse que, enquanto eu rezava, ela sentia um espírito de morte deixando o seu ventre, saindo pelas suas pernas. Talvez um membro da família tenha colocado maldição nela por inveja. Ela ainda me disse que sabia que seu filho estava morto, e me agradeceu por ser fonte de graça para que ele ressuscitasse. Amém!

Padre rufus disse ... “Quer você queira ou não, a verdade é que o demônio existe!”

“Todos os dias à noite, devemos pedir perdão a Deus se caímos na tentação e cometemos o pecado”

sábado, 26 de fevereiro de 2011

Uma palavra de amizade ...

Enquanto nós desejamos ardentemente ter alguém, deixamos de lado a relação mais importante de nossas vidas: nosso relacionamento com Deus.

Permita a Deus curar suas feridas e lhe dar o colo e o consolo que homem nenhum pode lhe dar. Permita a Deus suprir todas as suas necessidades e te tornar uma mulher de Deus, plena em amor e compreensão das coisas de Deus. Permita Deus fazer de você a melhor filha e mãe que alguém pode ter.

Descanse no Senhor e alimente sua fome e sede de amor em Cristo. Nenhum homem poderá lhe dar o que você precisa e antes de ter um relacionamento com mais alguém, cultive um relacionamento com Deus. Quando você estiver preparada, o amor chegará em sua vida. Sem confusão ou dúvidas porque nosso Deus não é um deus de confusão ou dúvidas. Esperar não é fácil, mas a ansiedade leva a precipitação e daí ao sofrimento. Deus tem o melhor para você. Jesus morreu por você, para que você fosse salva e Nele tenha uma vida em abundância. Não duvide nunca disso.

Busque um relacionamento verdadeiro e real com Deus e sua segurança virá naturalmente. Quando se sabe que se tem muito valor para Deus, a opinião dos outros já não tem tanta importância assim. Torne-se uma mulher de Deus de fato e de verdade, leia a Bíblia diariamente, estude a Palavra do Senhor, vá a igreja regularmente e busque fazer somente a vontade de Deus e não a sua. Procure fazer cursos, aprender uma língua, ter um hobby, fazer ginástica, aprender a tocar um instrumento, tudo isso a ajudará a ter mais confiança em
si mesma. Faça sua parte, buscando a Deus e se interessando pela vida - e não pelo que os outros pensam de você - e logo você descobrirá que seu medo e sua timidez foram embora, à medida que vc se descobrir como uma pessoa interessante e muito amada por Deus que você é.

"Ora, àquele que é poderoso para vos guardar de tropeçar, e apresentar-vos ante a sua glória imaculados e jubilosos, ao único Deus, nosso Salvador, por Jesus Cristo nosso Senhor, glória, majestade, domínio e poder, antes de todos
os séculos, e agora, e para todo o sempre. Amém." Judas 1:24-25

Que Deus te abençoe abundantemente em sua vida de solteira.

Por que o namoro não é o tempo de viver a vida sexual?


O namoro é o tempo de conhecer o coração do outro, e não o seu corpo; é o momento de explorar a sua alma, e não o seu físico..

 As coisas da vida somente são boas e nos fazem felizes se são usadas dentro de sua finalidade. Você não pode, por exemplo, usar  o seu celular como um martelo!… Desvirtuando a sua finalidade, você provoca dano. Com o sexo se dá o mesmo; se for vivido fora do seu sentido, estraga tudo. Qual o sentido do sexo? O sexo, no plano de Deus,  tem duas dimensões, finalidades: “unitiva” e “procriativa”; elas se completam. Deus fez do casal humano “a nascente da vida” (Paulo VI); e assim deu ao homem a honra, a glória e a missão de gerar e educar os filhos.  Nenhuma outra missão é mais nobre do que esta.  
Se é belo construir casas, carros, aviões …, mais belo ainda é gerar é educar um ser humano, imagem e semelhança de Deus. Nada se compara à missão de ser pai e mãe.  Na aurora da humanidade Deus disse ao casal: “multiplicai-vos”. “A dualidade dos sexos foi querida por Deus, para que o homem e a mulher, juntos, fossem a imagem de Deus” ( Paulo VI). 
É através da atividade sexual que o casal se multiplica e se une profundamente; isto é um desígnio de Deus. O ato sexual é o ato “fundante” da geração do filho, porque é por ele que a doação amorosa do casal acontece.  É por isso que a Igreja não aceita outra maneira de gerar a vida humana. A geração de um filho tem de ser um ato de amor dos pais; por isso a fecundação não pode ser passada para as mãos dos médicos e bioquímicos.  
Por outro lado, a relação sexual une o casal. Há muitas maneiras de se manifestar o amor: um gesto atencioso, uma palavra carinhosa, um presente, uma flor, um telefonema…, mas a mais forte manifestação de amor entre o casal, é o ato sexual. É a “liturgia” do amor conjugal. Ali cada um não apenas dá presentes ao outro, nem só palavras, mas “se dá” ao outro física e espiritualmente. É a expressão da “entrega da vida”. 
Ora, você só pode entregar a sua intimidade profunda a alguém que o ama e que tem um “compromisso de vida” com você para sempre!  
Qual é a diferença entre o sexo no casamento, realizado com amor e por amor, e a prostituição?  É o amor baseado num compromisso de vida para sempre. Se você tirar o amor, o sexo se transforma em prostituição, comércio. 
No plano de Deus o sexo é diferente, é manifestação do amor conjugal; é a “marca” na alma, de duas pessoas que se uniram para sempre, na dor e na alegria, na saúde e na doença, na riqueza e na pobreza; é uma verdadeira liturgia desse amor, cujo fruto será o filho do casal. Cada um é “responsável pelo outro”  até a morte, em todas as circunstâncias fáceis e difíceis da vida. Sem este “compromisso de vida” o ato sexual não tem sentido, e se torna vazio e perigoso. 
Na fusão dos corpos se celebra profundamente o amor de um pelo outro: a compreensão recíproca, a paciência exercida, o perdão dado, o diálogo mantido, as vitórias conquistadas, as lágrimas derramadas… é a “festa do amor conjugal”.  Por isso é o ato fundante da vida. 
O ato sexual vai muito além de um mero ato físico; a união dos corpos sinaliza a “união dos corações” e dos espíritos pelo amor. Por isso não pode ser um ato improvisado, um mero momento de prazer ou de celebração emotiva; é muito mais, é a celebração de uma vida vivida a dois para sempre, na renúncia e na alegria. 
Nesta “festa” do amor conjugal, o casal se une fortemente, e no ápice do seu prazer, Deus quis que o filho fosse gerado. Assim, ele não é apenas carne e sangue dos seus pais, mas “amor do seu amor”. 
É por isso que a Igreja ensina que o ato sexual, para não ser desvirtuado, deve sempre estar aberto à geração da vida, sem que isto seja impedido por meios artificiais. 
Ora, se o ato sexual gera a vida de um novo ser humano, ele precisa ser acolhido em um lar pelos seus pais. É um direito da criança que vem a este mundo. Nem o namoro, nem o noivado oferece ainda uma família sólida e estável para o filho. Não existe ainda um compromisso “ até que a morte os separe”. 
Quantos rapazes engravidaram a namorada, e tiveram de mudar totalmente o rumo de suas vidas!  Às vezes são obrigados a deixar os estudos para trabalhar; vão morar na casa dos pais … sem poderem constituir uma família como convém. 
É por isso que o sexo não deve ser vivido no namoro e no noivado. Ao contrário do que acontece hoje comumente, a última entrega ao outro deveria ser a do próprio corpo, só depois que os corações e as vidas estivessem unidas e compromissadas por uma “aliança”  definitiva. Isto está longe de acontecer ainda no namoro que é apenas um tempo de escolha.  
Se você apanhar e comer uma maçã ainda verde, ela vai fazer mal a você, e se estragará. Se você viver a vida sexual antes do casamento, você terá problemas e não alegrias. E poderá ferir a outra pessoa. Além do mais, quando o namoro termina, as marcas que o sexo deixou ficam no corpo da mulher para sempre.  Para o rapaz tudo é mais fácil.  
Então, como é que você quer exigir da sua namorada o seu corpo, se você não têm um compromisso de vida assumido com ela, para sempre? Não é justo e nem lícito exigir o corpo de uma mulher antes de colocar uma aliança – prova de amor e de fidelidade – na sua mão esquerda. 
São Paulo há dois mil anos já ensinava aos Coríntios: “A mulher não pode dispor do seu corpo: ele pertence ao seu marido. E também o marido não pode dispor do seu corpo: ele pertence à sua esposa”  (1 Cor 7,4). O Apóstolo não diz que o corpo da namorada pertence ao namorado, e nem que o corpo da noiva pertence ao noivo.  
As conseqüências do sexo vivido fora do casamento são terríveis: mães e pais solteiros, despreparados; filhos abandonados, ou criados pelos avós, ou
em orfanatos.  Muitos desses se tornam ás vezes abandonados e delinqüentes que cada vez mais enchem as nossas ruas, buscando nas drogas e no crime a compensação de suas dores. Quantos abortos são cometidos porque busca-se apenas egoisticamente o prazer do sexo, e depois elimina-se o fruto, a criança!  Só no Brasil são 4 milhões por ano.  Quatro milhões de crianças assassinadas pelos próprios pais! 
As doenças venéreas são outro flagelo do sexo fora do casamento. Ainda hoje convivemos com os horrores da sífilis, blenorragia, cancro, sem falar do flagelo da AIDS. Por causa dessa desvalorização da vida sexual, e da sua vivência de modo irresponsável e sem compromisso, assistimos hoje esse triste espetáculo de milhões de meninas adolescentes de 12 a 15 anos, grávidas. 
A nossa sociedade é perversa e irresponsável. Incita o jovem a viver o sexo de maneira precoce e sem compromissos, e depois fica apavorada com a tristeza das meninas grávidas. Isto é fruto da destruição da família, do chamado “amor livre”, e do comércio vergonhoso que se faz do sexo através da televisão, dos filmes eróticos, das revistas pornográficas e, agora, até através do telefone e da internet. 
E o que se oferece agora, a essas pobres meninas, é o veneno da Pílula do Dia Seguinte, uma bomba hormonal abortiva, com uma carga 10 vezes maior que a pílula anticoncepcional comum. É a promoção pública da depravação sexual e destruição da família. Veja jovem, quanta tristeza causa o sexo fora e antes do casamento. Além disso, a jovem, na sua psicologia feminina, não esquece os menores detalhes da sua vida amorosa. Ela guarda a data do primeiro encontro, o primeiro presente, etc…; será que ela vai esquecer a primeira relação sexual? Esta primeira relação deve acontecer num ambiente preparado, na lua de mel, onde a segurança do casamento a sustenta. 
O namoro é o tempo de conhecer o coração do outro, e não o seu corpo; é o momento de explorar a sua alma, e não o seu físico. 
Um casal de namorados que souber aguardar a hora do casamento para viver a vida sexual, é um casal que exercitou o autocontrole das paixões e saberá ser fiel um ao outro na vida conjugal. Eu sei que o mundo lhe diz exatamente o contrário, pois ele não quer “entrar pela porta estreita” (Mt 7,14), mas que conduz à vida. 
Peço que você faça esta experiência: veja quais são as famílias bem constituídas que você conhece; veja quais são os casamentos que estão estáveis, e verifique sob que bases eles foram construídos. Você verá que nasceram de casais de namorados que se respeitaram e não brincaram com a vida do outro.

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

NAMORO, TEMPO DE ESCOLHER E DE CONHECER






Quando você vai comprar um sapato ou um vestido, não leva para casa o primeiro que experimenta, é claro.   Você escolhe, escolhe… até gostar da cor, do modelo, do preço, e servir bem nos seus pés ou no seu corpo. Se você escolhe com tanto cuidado um simples sapato, uma calça, quanto mais cuidado você precisa ter ao “escolher” a pessoa que deve viver ao seu lado para sempre, construir uma vida a dois com você, e dando vida a novas pessoas.

   Talvez você possa um dia mudar de casa, mudar de profissão, mudar de cidade, mas não acontece  o mesmo no casamento. É claro que você não vai escolher a futura esposa, ou o futuro marido, como se escolhe um sapato. Já dizia o poeta que “com gente é diferente”. Mas, no fundo será também uma criteriosa escolha.
   Se você escolher namorar aquela garota, só porque ela é “fácil”, pode ser que você chore depois se ela o deixar por outro. Se você escolher aquele rapaz só porque ele é um “gato”, pode ser que amanhã ele faça você chorar quando se cansar de você.   O namoro é este belo tempo de saudável relacionamento entre os jovens, onde, conhecendo-se mutuamente, eles vão se descobrindo e fazendo  “a grande escolha”.Já ouvi alguém dizer, erradamente, que “o casamento é um tiro no escuro”; isto é, não se sabe onde vai acertar; não se sabe se vai dar certo. Isto acontece quando não há preparação para a união definitiva, quando não se leva a sério o amor pelo outro.
   A preparação para o seu casamento começa no namoro, quando você conhece o outro e verifica se há afinidade dele com você e com os seus valores. Se o seu namoro for sério, seu casamento não será  um tiro no escuro, e nem uma roleta da sorte. O seu casamento vai começar num namoro. Por isso, mão brinque com ele, não faça dele apenas um passa – tempo, ou uma “gostosa” aventura; você estaria brincando com a sua vida e com a vida do outro.    Só comece a namorar quando você souber “porque” vai namorar. Mais importante do que a  idade para começar a namorar, 15 anos, 17 anos, 22 anos, é a sua maturidade. A idade em que você deve começar a namorar é aquela na qual você já pensa no casamento, com seriedade, mesmo que ele esteja ainda longe.
Para que você possa fazer bem uma escolha, é preciso que saiba antes o que você quer. Sem isto a escolha fica difícil. Que tipo de rapaz você quer? Que qualidades  a sua namorada deve ter? O que você espera dele ou dela? Esta premissa é fundamental. Se você não sabe o que quer, acaba levando qualquer um… Os valores do seu namorado devem ser os mesmos valores seus, senão, não haverá encontro de almas.     Se você é religiosa e quer viver segundo a Lei de Deus, como namorar um rapaz que não quer nada disso? É preciso ser coerente com você.
   Se você tem uma boa família, seus pais se amam, seus irmãos estão juntos, então será difícil construir a vida com alguém que não tem um lar e não dá importância para o valor da família. Tenho encontrado muitos casais de namorados e de casados que vivem uma dicotomia nas suas vidas religiosas; e isto é  motivo de desentendimento entre eles. Há jovens que pensam assim: “eu sou religiosa e ele não; mas, com o tempo eu o levo para Deus”. Isto não é impossível; e tenho visto acontecer. No entanto, não é fácil. E a conversão da pessoa não basta que seja aparente e superficial; há que ser profunda, para que possa satisfazer os seus anseios religiosos.      Não se esqueça que a religião é um fator determinante na comunhão do casal e na educação dos filhos.
Não renuncie os seus autênticos valores na escolha do outro. Se é lícito você tentar adequar-se às exigências do outro, por outro lado,  não é lícito você matar os seus valores essenciais para não perdê-lo.    Não sacrifique o que você é, para conquistar alguém. Há coisas secundárias dos quais podemos abdicar, sem comprometer a estrutura básica  da vida, mas há valores essenciais que não podem ser sacrificados.   Já vi muitas moças cristãs aceitarem um namoro com alguém divorciado, por medo de ficarem sós. É melhor ficar só, do que violar a Lei de Deus; pois ninguém pode ser plenamente feliz se não cumpre a vontade Dele. Portanto, saiba o que você quer, e saiba conquistá-lo sem se render. Não se faça de cego, nem de surdo, e nem de desentendido.
   Para  que você possa chegar um dia ao altar, você terá que escolher a pessoa amada; e, para isto é fundamental conhecê-la. O namoro é o tempo de conhecer o outro. Mais por dentro do que por fora. E para conhecer o outro é preciso que ele “se revele”, se mostre. Cada um de nós é um mistério, desconhecido para o outro. E o namoro é o tempo de revelar (= tirar o véu) esse mistério. Cada um veio de uma família diferente, recebeu valores próprios dos pais, foi educado de maneira diferente e viveu experiências próprias, cultivando hábitos e valores distintos. Tudo isto vai ter que ser posto em comum, reciprocamente, para  que cada um conheça a “história “ do outro. Há que revelar o mistério!   Se você não se revelar, ele não vai conhecê-la, pois este mistério que é você, é como uma caixa bem fechada e que só tem chave por dentro. É a sua intimidade que vai ser mostrada ao outro, nos limites e na proporção que o relacionamento for aumentando e se firmando.
É claro que você não vai mostrar ao seu namorado, no primeiro dia de namoro, todos os seus defeitos. Isto será feito devagar, na medida que o amor entre ambos se fortalecer. Mas há algo muito importante nesta revelação própria de cada um ao outro: é a verdade e a autenticidade. Seja autêntico, e não minta. Seja aquilo que você é, sem disfarces e fingimentos mostre ao outro, lentamente, a sua realidade. 
A mentira destrói tudo, e principalmente o relacionamento. Não tenha vergonha da sua realidade, dos seus pais, da sua casa, dos seus irmãos, etc. Se o outro não aceitar a sua realidade, e deixá-lo por causa dela, fique tranqüilo, esta pessoa não era para você, não o ama. Uma qualidade essencial do verdadeiro amor é aceitar a realidade do outro.   O amor pelo outro cresce na medida que você o conhece melhor. Não se ama alguém que não se conhece.      
Não fique cego diante do outro por causa do brilho da sua beleza, da sua posição social ou do seu dinheiro. Isto impediria você de conhecê-lo interiormente e verdadeiramente.        
Lembre-se de uma coisa, aquilo que dizia Saint Exupéry: “o importante é invisível aos olhos”. “Só se vê bem com o coração”. São Paulo nos lembra que o que é material é terreno e passageiro, mas o que é espiritual é eterno. Tudo o que você vê e toca pode ser destruído pelo tempo, mas o que é invisível aos olhos está apegado ao ser da pessoa e nada  pode destruir. Esse é o seu verdadeiro valor. 
A beleza do corpo dela hoje, embora seja importante, amanhã não existirá mais quando o tempo passar,  os filhos crescerem… O amor não é um ato de um momento, mas se constrói “a cada momento”. Não se pode conhecer uma pessoa “à primeira vista”, é preciso todo um relacionamento.      Só o tempo poderá mostrar se um namoro deve continuar ou terminar, quando cada um poderá conhecer o interior do outro, e então, puder avaliar se há nele as exigências fundamentais que você fixou.
Prof. Felipe Aquino – http://www.cleofas.com.br/

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Ficar ou não?.. eis a questão..


 Na questão dos relacionamentos, os valores morais têm sido abandonados em nome do prazer egoísta, criando também um tipo de exploração. Alguns podem ver tudo isso como "liberdade"ou "modernidade". Contudo, percebemos a mente de Satanás por trás de novidades como o "ficar", que é um tipo de relacionamento rápido e irresponsável, onde duas pessoas se entregam uma à outra numa relação de egoísmo em dupla.
    Cada um quer o prazer pelo prazer. O valor da outra pessoa é reduzido a nada. Os seres humanos se tornam objetos nesse tipo de relação. É bom lembrarmos que, em muitos casos, o chamado "namoro" pode ter também os mesmos defeitos, mudando apenas o nome e a duração do problema. Aquele que se dispõe a assumir um namoro pode parecer bem intencionado, mas só Deus e a própria pessoa sabem suas verdadeiras intenções.
    Se vamos usar alguém e jogar fora, mesmo com o consentimento dessa pessoa, estaremos pecando contra Deus, que nos fez à sua imagem e semelhança, razão suficiente para que nos tratemos uns aos outros com dignidade e respeito. Outro motivo da valorização de cada um é o fato de Cristo ter morrido por nós. Quão grande valor cada pessoa tem aos olhos de Deus! Não podemos reduzir nenhum ser humano ao nível de um objeto descartável.
    "Porque esta é a vontade de Deus, a saber, a vossa santificação: que vos abstenhais da prostituição, que cada um de vós saiba possuir o seu vaso em santidade e honra, não na paixão da concupiscência, como os gentios que não conhecem a Deus; ninguém iluda ou defraude nisso a seu irmão, porque o Senhor é vingador de todas estas coisas, como também antes vo-lo dissemos e testificamos. Porque Deus não nos chamou para a imundícia, mas para a santificação. Portanto, quem rejeita isso não rejeita ao homem, mas sim a Deus, que vos dá o seu Espírito Santo" (ITss.4.3-8).
    É compreensível que os ímpios cometam vários tipos de imundícias, mas o caminho do cristão é outro. Todo relacionamento sentimental do servo de Deus deve ter em vista o casamento. É verdade que, por motivos diversos, nem todo namoro conduz ao matrimônio, mas o propósito fundamental deve ser esse. Não é que o João vá namorar a Maria com certeza prévia de se casar com ela, mas, pelo menos, que essa possibilidade esteja sendo avaliada seriamente. O namoro como um fim em si mesmo não é bom e pode gerar muitos pecados.
    Algumas pessoas reclamam da solidão, como se isso fosse o fim do mundo. É claro que uma vida de solidão é terrível, mas um adolescente, por exemplo, deve se satisfazer com a companhia dos amigos, da família e dos irmãos em Cristo. Pensar que um namoro ou um "ficar" seja a solução para a solidão pode ser uma idéia maligna, uma porta aberta para relações desnecessárias, fora do tempo, e que podem trazer danos permanentes para a vida.
    Jeremias escreveu: "Bom é o Senhor para os que esperam por ele, para a alma que o busca. Bom é ter esperança, e aguardar em silêncio a salvação do Senhor. Bom é para o homem suportar o jugo na sua mocidade. Que se assente ele, sozinho, e fique calado, porquanto Deus o pôs sobre ele" (Lm.3.25-28).
    Estar solitário por algum tempo não é o fim do mundo. É importante saber esperar o que Deus tem para cada um, sabendo que o Senhor é bom e tem o melhor para nós.
    Não podemos fazer regras muito definidas sobre namoros, mas uma coisa é absolutamente clara nas Escrituras: o solteiro não pode ter relações sexuais (Dt.22.20-29; ICo.7.2). Aquele que transgride nessa área está cometendo o pecado da prostituição, ainda que seja com um namorado ou noivo. O jovem cristão não pode falhar nesse ponto, pois seu corpo é o templo do Espírito Santo. Os riscos são muito grandes e as conseqüências podem ser terríveis. Quando a mãe de Jesus concebeu pelo poder do Espírito Santo, ela estava noiva e era virgem. Se tivesse se entregado a José antes do tempo, tornar-se-ia desqualificada para o propósito de gerar o Messias.
    Por quê existe tanto regulamento a respeito da sexualidade? O sexo é algo sagrado, porque através dele transmitimos a vida. Isto não pode ser feito de modo irresponsável.
    A virgindade deve ser valorizada pelos servos e servas de Deus até que se chegue ao matrimônio. Aquele que se entrega antes do casamento, está desonrando seu futuro cônjuge, mesmo sem conhecê-lo.
    A \"liberdade sexual\" é considerada muito normal hoje em dia. Pode ser normal para o diabo e para todos aqueles que quiserem morar com ele no inferno. Para o cristão, normal é ser santo.
    Além disso, especialistas afirmam que aqueles que chegam virgens ao casamento terão maior probabilidade de permanecerem casados, pois não terão experiências íntimas anteriores como elementos de comparação. Quem nunca se prostituiu dificilmente irá adulterar. Por outro lado, aquele que se acostumou com a variedade de parceiros em sua vida sexual terá grande dificuldade para ser fiel.
    Se carregamos o nome de Jesus sobre nós, se nos declaramos filhos de Deus, precisamos honrar seu santo nome. Caso contrário, o Senhor se envergonhará de nós no dia do juízo e de forma alguma entraremos no seu reino, conforme se vê claramente em Gálatas 5.19-21, exceto se houver arrependimento e mudança. Ainda assim, as conseqüências do pecado acontecerão nesta vida porque "aquilo que o homem semear, isto também ceifará" (Gálatas 6.7).
    Os relacionamentos do servo de Deus devem ser pautados pelo amor e pela responsabilidade. Uma coisa não pode ser separada da outra.
    Falamos muito sobre o plano de Deus para nós, mas devemos nos lembrar também de que existem os planos de Satanás para cada um. O inimigo deseja que cada jovem se relacione de modo irresponsável com muitos outros, deixando pessoas feridas e traumatizadas pelo caminho. Ele quer também que isto seja motivo para que muitos se esfriem espiritualmente e abandonem a igreja, enquanto outros, olhando de fora, queiram distância do cristianismo. O Diabo pretende também que, num desses relacionamentos, aconteça uma gravidez indesejada e, quem sabe, até um aborto? O inimigo quer que o jovem de hoje seja o adulto deprimido de amanhã, com lembranças amargas, consciência pesada e reputação destruída. Que tal uma aids também para completar?
    Cada jovem deve avaliar a sua vida para saber se está no caminho de Deus ou se está colocando em execução os planos de Satanás.
    Nem tudo o que o mundo faz nós podemos fazer. Afinal, somos filhos do Rei. Não podemos sair por aí fazendo tolices. Precisamos honrar nosso Pai, sabendo que ele tem o melhor para nós.
"Sujeitai-vos a Deus; resisti ao Diabo e ele fugirá de vós" - Tiago 4.4.