Nada está fora do alcance da oração, exceto o que está fora da vontade de Deus.'

domingo, 13 de março de 2011

Cuidado com as miragens do amor..

O maior engano que existe hoje sobre o amor, é que na maioria das vezes, quando alguém fala que está amando, na verdade está amando a si mesmo. Isto não é amor, é egoísmo. Há muitas “miragens” do amor.

Se o seu coração bate acelerado diante de alguém que o atrai, isto é sensibilidade, não chame ainda de amor. Se você perdeu o controle e se entregou a ele, isto é fraqueza, não chame isto ainda de amor. Se você está encantada com a cultura dele, fascinada pela sua bela carreira, e já não consegue mais ficar sem a conversa dele, isto é admiração, ainda não é amor. Mesmo que você esteja até as lágrimas, diante de um fato chocante, isto é mais sensibilidade do que amor.

Amar não é “ser fisgado” por alguém, “possuir” alguém, ou Ter afeição sensível por ele, ou mesmo render-se a alguém. Amar é, livre e conscientemente, dar-se a alguém para completá-lo e construí-lo. E isto é mais do que um impulso sensível do coração, é uma decisão da razão. Por isso, amar é um longo aprendizado, não é uma aventura como a maioria pensa.

Não se aprende a amar trocando a cada dia de parceiro, mas aprendendo a respeitar o mesmo, tanto no corpo como na alma. Amar é uma decisão. E a decisão não é tomada apenas com o coração, empurrado pela sensibilidade. A decisão é tomada com a razão. Amar não é um ato intuitivo, mecânico, é uma decisão livre e consciente. É um ato da vontade, do querer.

Para amar é preciso aceitar “ perder-se” , esquecer-se, não voltar a si mesmo. É claro que a sensibilidade ajuda a sair de si mesmo, mas ela não é suficiente para levá-lo a amar. A admiração pelo outro, a afeição, empurram você para ele, mas isto ainda não é amor. Lembre-se, o amor é como uma via de mão única, que sai de você e vai até o outro. Esta é a verdadeira avenida do amor.

É preciso estar sempre atento para não andar na contramão nesta avenida. Isto ocorre quando você está pensado só em você mesmo, se apossando das coisas ou da pessoa do outro, para satisfazer-se.
São João Bosco, o grande educador dos jovens, ensinava-lhes que “Deus nos colocou neste mundo para os outros”. É o sentido da vida. É o amor! Não existe outra maneira de ser verdadeiramente feliz. A felicidade verdadeira se constrói quando fazemos o outro feliz; quando amamos. Ela é o prêmio da virtude. E a virtude que gera o verdadeiro amor é a renúncia a si mesmo.

Quando você agarra um objeto ou uma pessoa só para você, o amor morre em suas mãos; pois o apego é o oposto do amor. Você precisa Ter a coragem de examinar a autenticidade do seu amor.
Quando quisermos saber se estamos amando de fato, façamos então estas perguntas para nós mesmos: estou me renunciando? Estou esquecendo-me? Estou dando-me?
Se a resposta for afirmativa, esteja certo da presença do amor em sua vida.

Muito mais do que dar coisas, presentes, abraços, beijos, amar é dar de si mesmo, integralmente, desinteressadamente. Você precisa desenvolver bem os seus talentos exatamente para que possa dá-los aos outros e servi-los melhor.

Quando amamos de verdade, nos tornamos livres de fato, pois o amor nos liberta de nós mesmos e das coisas que nos amarram. O seu egoísmo é o seu tirano! É claro que amar não é fácil. É fácil viver as caricaturas do amor, mas o autêntico amor é exigente.

A autenticidade do amor se verifica pela cruz. Todo amor verdadeiro traz o sinal do sacrifício. E é através desse sinal que você identifica o verdadeiro amor e o falso. Não há amor sem renúncia.

sexta-feira, 11 de março de 2011

Temos que vencer nossas ansiedades

(Mateus 6,4-34). Você é ansioso e tem vivido em ansiedade? Segundo o dicionário Aurélio, ansiedade significa: “Estado afetivo em que há o sentimento de insegurança”. Quando damos vazão à ansiedade em nossos corações, estamos cultivando o sentimento de insegurança, que é algo que não vem de Deus. Na realidade, o ansioso não confia que Deus possa agir em tal área de sua vida, ele cultiva a ansiedade em saber como será o casamento daqui vinte anos, ansiedade por um negócio que ainda não se concretizou, ansiedade em possuir, em ter, em comprar, ansiedade em terminar aquele curso, ansiedade pelo nascimento de um filho e até ansiedade em esperar as promessas de Deus. Em Mateus 6,24-34 Jesus exorta seus discípulos a não viverem na ansiedade, a não se preocuparem, é como se Jesus estivesse dizendo em outras palavras: “Relaxem, nada de Stress, fiquem tranqüilos, deixa tudo comigo”. Quando nos preocupamos demais (ansiedade) com as coisas da vida (Comida, bebida e vestuário) nos esquecemos das coisas de Deus. Quando focamos nossa vida e direcionamos nossas forças em buscar as realizações de nossos desejos carnais, não fazemos a vontade de Deus, pois deixamos a ansiedade tomar conta. Podemos dizer que a ansiedade atrapalha a vida cristã. Jesus procura combater a ansiedade de seus discípulos, que haviam deixado tudo para segui-Lo, basta ver, as inúmeras vezes que aparece à expressão: “Não se preocupem” (5 vezes). O Apóstolo Paulo escreve em Romanos 8,37 que “somos mais do que vencedores, por meio de Cristo Jesus”, por isso, o tema vencendo a ansiedade, nos leva diretamente a Jesus, porque na Cruz Ele nos fez mais que vencedores, e nos deu a vitória sobre todas as coisas (I Cor. 15,57). Vemos em Mateus 6,24-34 três estratégias claras para vencermos a ansiedade em nossas vidas. Optando em servir somente a Deus (v.24). Percebemos neste versículo que há um conflito em servir a Deus e o dinheiro, que no grego significa Mamom (deus cultuado por muitos povos vizinhos do povo de Israel no período do Antigo Testamento). Sabemos que uma das primeiras orientações que Deus falou ao seu povo através de Moisés em Êxodo 20,1-6 é o culto exclusivo a Ele, o serviço dedicado somente a Deus.  Fica claro que Deus não divide o trono com ninguém, nem do universo e nem do nosso coração. O cristão precisa estar atento ao seu contexto, vivemos em uma sociedade do culto ao dinheiro, basta ligarmos um aparelho de TV, acessarmos a Internet, lermos uma revista, olharmos para as propagandas espalhadas pela cidade: “Compre, tenha, é seu, troque seu carro por uma ainda melhor, compre e ganhe”.  Vivemos na era da ideologia do consumo, Os meios de comunicação se encarregam de difundir, tanto nos bairros ricos como nas favelas dos grandes centros urbanos, a imagem de felicidade. Imagine que como Satanás fez com Jesus em Mateus 4,8-9, oferecendo a Jesus todos os reinos da terra e seu esplendor pela sua adoração, hoje ele procura nos atingir oferecendo esse estilo de vida consumista, mas sendo necessário o serviço ao dinheiro (Mamom). Para Jesus não há como servir a dois senhores, por isso temos que professar publicamente a nossa fé declarando e crendo nas palavras de Jesus em Mateus 4,10: “Retire-se, Satanás! Pois está escrito: Adore o Senhor, o seu Deus, e só a ele preste culto”. Podemos afirmar que a vitória sobre a ansiedade acontece quando optamos em servir somente a Deus, em viver segundo a Sua vontade, seus princípios para nossas vidas. Podemos afirmar que a ansiedade é fruto do amor ao dinheiro, do serviço ao dinheiro (I Tm. 6,10).  Servir a Deus é a melhor opção, basta nos lembrarmos do Salmo 40,4: “Como é feliz o homem que põe no Senhor a sua confiança e não vai atrás dos orgulhosos (idolatras) dos que se afastam para seguir deuses falsos”, e deMarcos 12,29-30 onde Jesus nos ensina a amarmos a Deus acima de todas as coisas. Como vencer a ansiedade? Creio que se optarmos em servir somente a Deus, se crermos que Ele é nosso Pai e se esperarmos em Suas promessas e providencia, com toda certeza teremos a vitória sobre a ansiedade. Algo que fica claro em nosso coração é que viver em ansiedade pode se tornar pecado, pois demonstra nossa falta de dependência e confiança em Deus, no Seu cuidado e provisão, por isso precisamos seguir as orientações de Pedro: “Lancem sobre ele toda a sua ansiedade, porque ele tem cuidado de vos” (I Pedro 5,7). Que Deus nos abençoe e nos ajude a caminharmos de vitória em vitória sobre a ansiedade e nos ajude a resistirmos a toda proposta de estilo de vida consumista, vivendo uma vida simples e que glorifique a Deus